16 outubro 2012

Vendido à raquete 345!



Adoro leilões. Gosto mais daqueles que dão para a minha bolsa, tipo os de vinhos onde se encontram verdadeiras relíquias ao preço da chuva... Não que eu entenda alguma coisa de vinhos, nem gosto de os beber, mas não é um brilharete ter uma reserva ultra especial em casa ou oferecê-la a um amigo?

Adoro arte e bons investimentos! Então, adoro leilões, arte e arte é dos poucos investimentos que se mantém em alta mesmo em tempo de crise... 
Gosto! Gosto de conseguir uma peça, mas, acima de tudo, gosto de ver os valores a subir, os ânimos a aquecer, a sala animada e uma ou outra brincadeira do leiloeiro, que quebra a tensão que por vezes se sente... O ar esperançoso de quem licita, o ar vitorioso de quem arrematou a obra e o ar resignado de quem parte para a compra seguinte! Muito melhor ao vivo que em filme, asseguro-vos. Já vi quadros vendidos pelo preço de casas, até um leque a ser adquirido por 210 mil euros, mas também já vi verdadeiras relíquias serem compradas por menos de nada! Um dia ouvia uma conversa de dois senhores de mais idade... Diziam um para o outro "Isto é preciso é duas caturras a lutarem pela mesma peça"... A dita peça, que honestamente não me recordo o que era, começara por 1000 euros e já ia em 100000 sempre disputada entre dois senhores que vigorosamente levantavam as suas raquetes...

Hoje, pelas 21h, começa um Leilão de Antiguidades e Arte Moderna e Contemporânea no Palácio do Correio Velho, na Calçada do Combro em Lisboa. Digam lá se há melhor programa para terça à noite que um belo jantar ao estilo italiano no Esperanza, no Bairro Alto, seguido de um leilão de cortar a respiração? Sim, porque com peças dos 25 aos 50 mil euros, de colheres de café até Paulas Regos, quem pode ficar indiferente?
Provavelmente não vou conseguir comprar nada, mas mesmo se não conseguir venho, com certeza, satisfeita por ter visto um desfile de arte e a pensar que afinal quem precisa está a conseguir vender bem e que quem ainda pode (sim, porque este país está a dificultar o poder) está a investir bem!


Dó.
P.S: Para os que, como eu, preferirem pechinchas, quando houver leilões de vinhos ou de coleccionismo (fantásticos para comprar peças vintage) aviso!

P.P.S: Apesar de fora do meu budget, a peça que gostava de ter é o quadro com que ilustrei este post... (Ah... é só um Vieira da Silva, com uma base de licitação de 50.000 euros... Já lá perdi o quadro da minha vida, do marido, o Arpad... nem vos digo por quanto foi!!!)



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