06 março 2013

Interdito a Homens: Jantar de mulheres!

Por culpa de uma amiga, no outro dia reunimo-nos 5 para um jantar de mulheres! Foi fora e ninguém marcou restaurante. Em zona badalada de plena cidade de Lisboa a um sábado à noite, não foi fácil encontrar espaço. Esfomeadas, entrámos no primeiro restaurante que tinha lugar sem  tempo de espera de pelo menos 20 m.



O restaurante era talvez demasiado calmo para conversas de mulher... Por isso, entre sussurros ouviam-se gargalhadas, que tentávamos comedidas. E é também verdade que muitas das conversas não passaram despercebidas aos empregados. Aliás, muitas vezes ficava uma ou outra palavra no ar quando, como costumam dizer, "passava um anjo", ou, para quem não conhece a expressão, ficava tudo em silêncio... Mais um motivo para uma gargalhada não tão estridente como gostaríamos, mas não tão educada como seria próprio.

De tudo falámos... Mas não foram os homens nem o tão famoso "corte e costura" temas de conversa... Sim, porque estes temas de conversa, ainda que aconteçam, não são uma constante num encontro feminino (ao contrário do que alguns, normalmente menos conhecedores, insistem em afirmar). 

Os motivos foram mais variados e, à luz das idades presentes na mesa (trintas e quarentas), versaram sobre tempos mais ou menos remotos da adolescência até aos filhos bebés ou adolescentes, passando pelo mundo animal. Lembro-me especialmente das lontras... Pois é... Ficámos a saber que este animal tão fofinho tem um sexo gigante e que quando parece estar a fazer gracinhas, está na realidade a acariciar-se... Rimo-nos com a imagem dos pais e avós no Oceanário a dizerem aos filhos... "Olha que querida!"!!!

Mas de volta aos filhos... conseguimos ir mais atrás... às gravidezes... O que gostámos e o que não gostámos... Pior... a altura do parto... Aliás, a altura em que qualquer mulher tem de perder o pudor... Como em conversa foi dito com tanta graça! Como se pode ter pudor quando alguém chega e diz "Vamos lá ver isso..."? Ou então quando vem uma enfermeira e dispara "Oh querida, tem de ser..."! Aliás, frase que indica de imediato que o que aí vem não é de todo agradável!
E a conversa mais ou menos controversa, mas sempre de morrer a rir (apesar do riso mais ou menos contido) foi-se desenrolando entre melhores e piores experiências. Duma coisa fiquei ciente: Não trocava a minha cesariana marcada por nada!!! Já a Sol, que nesta fase da conversa ia mais ouvindo que falando (solteira, imparável e com um afilhado que já lhe preenche tanto a vida... não podia falar por experiência própria), acabou por comentar: "Depois desta conversa os meus 7 filhos vão ser adoptados"! E pronto!!! Gargalhada geral!

Sem cortes na casaca, sem falar de homens (desta vez, pelo menos), os filhos foram inevitáveis, mas muito mais se falou sem tabus e sem guião... Talvez por ser interdito a homens!!!

À espera do próximo encontro,

Dó.

*Foto: Google

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